Sinagoga, sua origem e evolução através dos tempos
Sinagoga, sua origem e evolução através dos tempos

Sinagoga, sua origem e evolução através dos tempos

Introdução: O Papel das Sinagogas no Judaísmo e na História Bíblica

Ao longo da história do povo de Israel, o relacionamento com Deus se expressou por meio de lugares sagrados estabelecidos por Ele: primeiro o Tabernáculo no deserto, depois o Templo em Jerusalém. Contudo, com o exílio babilônico no século VI a.C. e a impossibilidade de acesso ao Templo, surgiu a necessidade de locais de reunião onde a comunidade pudesse orar, estudar as Escrituras e manter sua identidade espiritual e cultural. Foi assim que nasceu a instituição da sinagoga, que permanece até hoje como um centro de oração, ensino e vida comunitária judaica.

As sinagogas desempenharam — e ainda desempenham — um papel vital na preservação da fé judaica, especialmente em períodos de dispersão e perseguição. Elas são locais de culto comunitário, estudo da Torá, celebração de festas e acontecimentos da vida familiar e social. Na ausência do Templo, elas se tornaram o coração espiritual das comunidades judaicas no mundo inteiro.

No contexto do Novo Testamento, as sinagogas aparecem frequentemente como lugares onde Yeshua (Jesus) ensinava, lia as Escrituras e debatia com os líderes religiosos de sua época. Mais tarde, também se tornaram locais de testemunho dos primeiros discípulos e cenário de tensões entre judeus tradicionais e os seguidores de Yeshua.

Compreender a origem, o significado e a função da sinagoga é fundamental para quem deseja entender não apenas o judaísmo antigo e atual, mas também o ambiente cultural e religioso no qual o Evangelho foi anunciado.


Etimologia da Palavra “Sinagoga”

No Hebraico:

A palavra tradicional para sinagoga em hebraico é בֵּית כְּנֶסֶת (Beit Knesset), que significa literalmente “Casa de Assembleia” ou “Casa de Reunião”.

Beit (בֵּית) = casa
Knesset (כְּנֶסֶת) = assembleia, reunião (do verbo כנס / kanas — reunir, congregar)

Essa expressão já aponta para a principal função da sinagoga: um local onde a comunidade se reúne para orar, estudar e deliberar.

No Grego:

No texto da Septuaginta e do Novo Testamento, a palavra utilizada é συναγωγή (synagōgḗ).

Derivada do verbo συνάγω (synágō) = reunir, congregar, ajuntar.
Portanto, συναγωγή significa literalmente “assembleia”, “reunião de pessoas” e, por extensão, o local onde isso ocorre.

No Novo Testamento, essa palavra aparece mais de 50 vezes, tanto para designar o edifício quanto a congregação reunida.


A sinagoga, em sua origem e função, é muito mais que um prédio. Ela representa o esforço do povo judeu em preservar sua fé e identidade, mesmo longe de Jerusalém, reafirmando a centralidade da Palavra de Deus, da oração e da vida comunitária. Ao longo dos séculos, e ainda hoje, as sinagogas seguem como testemunhas vivas da fidelidade de Israel ao seu Deus e como importante cenário na história da redenção anunciada pelos profetas e realizada em Yeshua HaMashiach.

Quando ouvimos ou lemos a palavra Sinagoga podemos ter em nossa mente a idéia de que se trata de um templo judaico, onde os judeus rezam e leiam a Torah durante os seus serviços, principalmente no Sábado, o Shabbat Judaico. Mas o que pouca gente sabe é que na sinagoga ocorrem muitos outros eventos, e as sinagogas da atualidade diferem muito das sinagogas da antiguidade, principalmente aquelas do Primeiro Século que aparecem no Novo Testamento.

Este estudo visa esclarecer uma série de contos e estigmas criados que nada tem haver com a realidade, então segue um panorama da sinagoga através da história.

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A Origem Histórica das Sinagogas

A Palavra Sinagoga não existe em Hebraico, a palavra vem do grego συναγωγή e significa Assembléia. Em Hebraico o termo correto é Beit HaKnesset, cuja tradução literal seria, a Casa da Assembléia. Em sua origem tinha como objetivo manter a unidade da comunidade judaica, cuidar principalmente de questões sociais e administrativas. Somente depois da destruição do templo é que seu uso foi se tornando cada vez mais religioso. Ao contrário do que se costuma apregoar, o serviço religioso era um uso secundário, o uso diário da Sinagoga era basicamente comunitário.

Beit Midrash

O Beit Midrash era um setor dentro da sinagoga que era usado basicamente como seminário ou escola para aprendizado da leitura e da Torah. Este local não era utilizado com finalidade religiosa, mas sim cultural e educacional. Podemos dizer que nele estavam concentradas todas as atividades relacionadas ao ensino. Além disso, era na sinagoga que os judeus tinham o Beit Mishpat, ou seja a Justiça local de sua comunidade.

Durante o tempo em que o templo de Jerusalém ainda existia, a sinagoga serviu como um lugar de culto secundário na Terra de Israel. Pensa-se que ela se originou-se nas comunidades da diáspora do Egito e da Mesopotâmia e se espalhou para a Terra de Israel com o estabelecimento do reino Hasmoneano (Ant. 19.300), no século II AC. Durante o período do Novo Testamento, uma sinagoga foi aparentemente construída em quase todas as aldeias e cidades de Israel, de diversos tamanhos.

Jesus começou seu ministério na sinagoga de Nazaré (Lucas 4: 16-21) e mais tarde usou a sinagoga de Cafarnaum para abrir suas atividades na região da Galiléia (Marcos 1, 21-28). No resto do mundo antigo, em qualquer lugar que houvesse uma comunidade de judeus, a sinagoga serviu de lugar de encontro, bem como um lugar para o estudo das escrituras e para o culto, mas n’ao somente para isso. Paul teria recebido seu treinamento inicial na Septuaginta, a tradução grega da Torah, na sinagoga em Tarsus antes de chegar a Jerusalém para estudos avançados de hebraico com o estudioso Gamaliel (Atos 22: 3). Após sua conversão, ele primeiro foi às sinagogas da Diáspora antes de levar sua mensagem aos gentios (Atos 18: 3-6).

Sinagoga de Magdala, em primeiro plano o Beit Midrash
Sinagoga de Magdala do Primeiro Século, em primeiro plano o Beit Midrash

O culto ou reunião no sábado em uma sinagoga variava de lugar para lugar, mas geralmente incluiu a recitação do שְׁמַע (Profissão de fé em YHWH, Deuteronômio 6: 4-9), leituras das escrituras da Lei e dos Profetas, Orações, Ações de Graças e Exortações Individuais(Atos 13:15). Alguns dos ritos associados à adoração no templo também foram adaptados para a sinagoga após o ano 70, embora não inclua os sacrifícios de animais. Esses lugares de culto foram abertos a todas as pessoas durante os serviços e atraíram alguns gregos piedosos interessados ​​nos ensinamentos morais da lei judaica (Guerra do Judeus 7.45). Algumas dessas pessoas se convertiam ao judaísmo (Atos 13:43) ou estavam entre o grupo conhecido como “tementes a Deus” (Atos 13:16, 26, 43; 14: 1). Muitas dessas mesmas pessoas foram mais tarde aceitaram a fé messiânica por Paulo e os outros apóstolos (Atos 17: 4).

A liderança nas sinagogas não estava nas mãos dos sacerdotes, mas sim dos fariseus mais estudiosos que eram chamados de Rabi. Funcionários laicos e um conselho de anciãos encabeçados por um Chefe da Sinagoga – Rosh Beit HaKnesset (Mk 5:22, ἀρχισυνάγωγος) que dirigiam o culto da sinagoga, supervisionaram a manutenção do edifício e aplicavam as regras da congregação. O chefe da sinagoga também foi às vezes auxiliado por um assistente ou vice-chefe (Lucas 4:20). Era sua responsabilidade disciplinar os membros que desobedeceram algum aspecto da lei (Lucas 13:14). A declaração de Paulo de que recebeu cinco vezes 39 açoites das mãos dos judeus provavelmente se refere à justiça da sinagoga (2 Cor 11:24).

Pode-se presumir que os primeiros convertidos a Yeshua continuaram sua participação na sinagoga local (Tiago 1: 1). Sendo judeus e cristãos, eles podem ter se misturado na vida da congregação ou talvez compartilharam o prédio com os judeus. O antagonismo de alguns judeus contra os convertidos cristãos (Atos 13:45; 14: 2; 17: 5-9) sugere, no entanto, que esse tipo de arranjo não durou muito e os crentes em Yeshua foram forçados a se encontrar em casas privadas e seus próprios templos (Rom 16: 5; Atos 18: 5-7; 20:20).

Essas primeiras congregações de crentes adoraram de acordo com o padrão estabelecido em Atos 2:42, “eles se dedicaram aos ensinamentos e comunhão dos apóstolos, o partir do pão e às orações”. Os vários talentos dos membros foram usados ​​na adoração e no governo da comunidade (Rom 12: 3-8). A carta a Tito descreve as qualidades necessárias para os anciãos e outros líderes da comunidade de crentes, mas todos os membros adultos deveriam servir diligentemente como bons exemplos uns dos outros e da comunidade externa também.

Quebra da Relação Judeus e Judeus Messiânicos

Importante salientar que quando utilizo o termo Judeus Messiânicos, minha intensão é falar de todos os judeus que creem que Yeshua é o Messias e seguem seus ensinos, independente de que comunidade frequentam, se judaica(Beit Knesset) ou Cristã(Igreja). Os judeus messiânicos continuaram a sobreviver dentro das comunidades judaicas desde o primeiro século até a metade do século II, quando ocorreu e segunda grande revolta judaica. A Segunda Grande Revolta Judaica ocorreu em 135 da EC.

A Segunda Grande Revolta Judaica também chamada de “Revolta de Bar Kokhba”, ocorreu entre os anos de 132 e 135, durante o governo do imperador Adriano, sendo liderada por Simão bar Kokhba, que alguns consideraram ser o Messias davídico esperado pelos judeus. Foi sufocada pelas tropas do comandante romano Sexto Júlio Severo. Para os historiadores que não consideram a “Guerra de Kitos” como uma das guerras judaico-romanos, esta seria a segunda guerra entre romanos e judeus. A comunidade de judeus messiânicos que já eram então chamados de Netzarim, ou seja nazarenos(Netzarim ou Notzrim hoje é o termo utilizado em Israel para cristãos) se recusou a participar da revolução judaica, lembrando aos líderes farisaicos os fracassos da Grande Revolta Judaica que levou a destruição do Templo de Jerusalém.

A essa altura, evidenciou-se, entre os combatentes judeus, a liderança de um jovem comandante, Simão bar Koziba, em quem o Rabi Akiva reconheceu como o “Mashiach” (Messias) davídico, aguardado ansiosamente, e lhe trocou o nome para “bar Kokhba” (filho da estrela). À frente de seus comandados, Simão entrou em Jerusalém, foi saudado como “Príncipe de Israel”, e proclamou a independência do estado judeu. Moedas foram cunhadas com os dizeres “Primeiro ano da libertação de Jerusalém” e “Primeiro ano da redenção de Israel”.

Mas a revolta não durou, Adriano despachou para a Judeia seu melhor general, Sexto Júlio Severo, que estava governando a Britânia. Contando com dez legiões, além de tropas auxiliares (ao todo, cerca de cem mil homens), Severo usou a mesma tática dos guerrilheiros judeus: dividiu suas forças em grupos de pequenas unidades móveis, comandadas por tribunos e centuriões, formando grupos de reação rápida que podiam responder prontamente, sempre que chegavam relatórios de atividades de guerrilha. Além disso, localizou e cercou os redutos rebeldes, obrigando-os à rendição ou à morte por fome. Dião Cássio nos diz que cerca de 50 esconderijos dos rebeldes foram localizados e eliminados. Cássio disse também que 985 vilas judias foram destruídas na campanha e 580 mil judeus mortos pela espada (além dos que morreram por fome). Severo finalmente encurralou bar Kokhba em Betar, seis milhas a sudoeste de Jerusalém.[nt 2] Apesar da tenacidade de seus defensores, o reduto foi invadido e os romanos massacraram todos que encontraram. Foi o fim do “Filho da Estrela” e da terceira revolta judaica.

Por causa do fracasso da revolução e a vergonha de ter profetizado erroneamente de que Simão bar Koziba era o messias, Rabi Akiva iniciou uma série de reformas religiosas visando a radicalização religiosa, a instituição da Lei Oral(Mishana e Gemara) como superior a Lei Escrita(Torah e Tanach). Além disso, inseriu uma maldição que é proclamada na sinagoga durante as oração fazendo uma referência a Yeshua em uma maldição. O trecho Ymarch Shemo LeOlam – Seja Apagada a Sua Memória Para Sempre foi a gota d’agua que separou definitivamente os judeus messiânicos das sinagogas farisaicas.

Mudança de Centro Comunitário, Administrativo e Cultural para Centro Religioso

É importante salientar que após o massacre dos judeus, cerca de meio milhão deles foram cruelmente assassinados, toda a administração local até mesmo de vilarejos então judaicos foi passada basicamente ao império romano. Muitas sinagogas foram destruídas e reconstruídas somente a partir do século III da EC. Este é o motivo pelo qual vemos muitas sinagogas que foram reconstruídas no século III da EC. Agora, sobe a dominação do Império Romano Bizantino, também conhecido como Império Romano Oriental, as restrições sociais aos judeus continuaram, estas novas sinagogas já eram construídas com finalidades puramente religiosas.

Além disso era muito comum haver a supervisão de soldados e oficiais romanos nas sinagogas, fatos que já ocorriam no primeiro século, mas que agora se tornaram muito mais opressores. Esta atitude visava sufocar qualquer tentativa de incitação contra o Império.

Em muitas sinagogas podem-se ver marcações de jogos em pisos de sinagogas, o exemplo mais conhecido é no Beit Midrash da Sinagoga de Cafarnaum. Algumas pessoas alegam que se tratava de jogos infantis, o que não é verdade de forma alguma. Na realidade se trata de um exemplo arqueológico da presença de soldados romanos dentro de edifícios judaicos. Esta presença era com a finalidade de fiscalizar o que era dito e decidido pelos judeus. Se esta fiscalização o império romano oriental poderia estar diante de outra onda revolucionária judaica.

De pequenas para grandes construções

Com o fortalecimento do Império Bizantino, cresceu a opressão aos judeus, ao culto judaico e até mesmo aos samaritanos. As sinagogas do Império Bizantino são a herança cultural das Sinagogas da Atualidade.

As sinagogas passaram a se tornar cada vez mais luxuosas e um símbolo da grandeza e nobreza de cada comunidade judaica na diáspora.

Com o passar dos séculos a sinagoga foi mudando, tornando-se cada vez mais exclusiva para os judeus e associadas aos ritos judaicos.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a maior parte das milhares de sinagogas existentes na Europa Oriental foram destruídas pelos nazistas e seus aliados.

A sinagoga no moderno Estado de Israel

Com a fundação do Estado de Israel alguns aspectos sociais foram restaurados. Hoje em uma sinagoga realização outros tipos de atividades não associadas somente a leitura da Torah e ao Estudo da Bíblia. A construção de sinagogas em Israel hoje, depende de financiamento parcial dos membros da comunidade e da aprovação de verbas e propriedade por parte do governo.

Algumas famílias costumam realizar na Sinagoga local o Bar Mitzvah que é a celebração da maturidade espiritual do homem quando ele chega a idade de 13 anos. Além disso, famílias mais pobres utilizam as dependências com autorização do Rabino para eventos familiares, ou até mesmo eventos para ações sociais. Porém a sinagoga nunca mais voltou a ser o centro da comunidade judaica como era no Primeiro Século.

Para quem deseja conhecer melhor as construções das sinagogas que foram destruídas na Diáspora, recomendo a visita a dois museus em Israel, o Yead Vashem que é o Museu do Holocausto em Jerusalém e o Museu da Diáspora em Tel Aviv.

Eventos Realizados em Sinagogas nos Dias de Hoje


Eventos Religiosos Semanais

EventoDescrição
Kabalat Shabat (Recepção do Shabat)Serviço de oração na sexta-feira ao pôr do sol, marcando o início do Shabat, com cânticos como Lechá Dodi e acendimento das velas.
Shacharit Shabat (Culto matinal de sábado)Serviço completo na manhã de sábado com leitura da Torá, haftará (leitura profética) e pregação/rabino d’rash.
HavdaláCerimônia breve no fim do Shabat (sábado à noite), marcando a separação entre o sagrado e o comum, com vela, cálice de vinho e especiarias.
MincháOração da tarde, feita diariamente, inclusive aos sábados antes do pôr do sol.
Ma’arivOração noturna diária feita após o pôr do sol.

Eventos Religiosos Anuais/Festivos

EventoDescrição
Rosh HashanáCelebração do Ano Novo Judaico, com toque do shofar e leituras especiais.
Yom KippurDia da Expiação, com jejum completo e serviços de oração intensa, leitura do Livro de Jonas e Kol Nidrei.
SucotFesta das Cabanas, com procissões (Hakafot) com o lulav e etrog na sinagoga.
Shemini Atzeret / Simchat ToráEncerramento de Sucot com celebração e dança com os rolos da Torá (Hakafot).
ChanucáAcendimento das velas da chanukiá, leituras e cânticos em serviços noturnos.
PurimLeitura do Livro de Ester (Meguilat Ester), apresentação de peças e distribuição de Mishloach Manot (presentes de alimentos).
Pessach (Páscoa)Leitura do relato do Êxodo e serviços festivos na sinagoga, além do Sêder em casa ou comunitário.
ShavuotVigília de estudo (Tikun Leil Shavuot) e leitura dos Dez Mandamentos.
Tishá BeAvJejum e leitura das Lamentações (Eichá), lembrando a destruição dos Templos.

Eventos Comemorativos, Educacionais e Comunitários

EventoDescrição
Bar Mitzvá (meninos aos 13 anos)Cerimônia em que o jovem lê na Torá e assume deveres religiosos.
Bat Mitzvá (meninas aos 12 anos)Equivalente feminino (mais recente em sinagogas não ortodoxas).
Casamentos (Chupá)Algumas sinagogas realizam cerimônias de casamento sob o dossel.
Brit Milá (circuncisão)Circuncisão do menino ao oitavo dia, podendo ocorrer na sinagoga.
Aulas de Torá e estudos semanaisEstudos de Torá, Talmude, Halachá e Midrash abertos à comunidade.
Conferências e palestrasSobre temas judaicos, filosofia, história de Israel e ética.
Eventos culturais e musicaisApresentações de música judaica, corais, teatro e exposições.
Memoriais de Shoá (Holocausto)Yom HaShoá — cerimônias em memória dos mártires.
Reuniões administrativas e assembleiasEncontros dos líderes da comunidade (Gabai, Rabino, Parnassim).

Eventos em Sinagogas Judaico-Messiânicas

Além dos eventos tradicionais judaicos, as sinagogas messiânicas celebram:

EventoDescrição
Cultos messiânicos de ShabatCom cânticos, leitura da Torá, Nova Aliança (B’rit Chadashá) e ensino sobre Yeshua.
Ceia do Senhor (Zikaron)Em memória da Última Ceia no contexto judaico.
Estudos proféticos e sobre Yeshua nas festas bíblicasRelacionando o Messias às festas e profecias.
Eventos de evangelismo para Israel e as naçõesCultos abertos com pregação messiânica.
Conferências de restauração e avivamento judaico-messiânicoEncontros de várias comunidades para oração e ensino.

As sinagogas, hoje, seguem sendo centros de oração, ensino, cultura e celebração comunitária. Cada corrente do judaísmo (ortodoxa, conservadora, reformista e messiânica) adapta seu calendário e tradições, mas a estrutura básica permanece próxima do período do Segundo Templo.

Minha esperança é que este estudo venha a esclarecer um pouco mais de como era a sinagoga da antiguidade e como ela se tornou a sinagoga dos dias de hoje.

Desde Sião, Miguel Nicolaevsky, Diretor do Cafetorah.com

Bowder, Diana – Quem foi quem na Roma Antiga, São Paulo, Art Editora/Círculo do Livro S/A,s/d
Allegro, John – The Chose People, London, Hodder and Stoughton Ltd, 1971.
Borger, Hans – Uma história do povo judeu, vol.1, São Paulo, Ed. Sefer, 1999.
Victor H. Matthews, Manners and Customs in the Bible, Revisado, Acordo eletrônico. (Peabody: Hendrickson, 1988), parágrafo 857.